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IPEA APONTA INFLAÇÃO EM DOBRO PARA CLASSE DE BAIXA RENDA EM DEZEMBRO

Redação - 15/01/2019 10:53 - Atualizado 15/01/2019

Pressionada pelos aumentos nos preços dos alimentos e do reajuste dos aluguéis, o Indicador Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) de Inflação por Faixa de Renda referente a dezembro do ano passado apontou inflação em dobro para classes de renda mais baixas. Divulgada hoje (15), pelo Instituto, o indicador mostra que as famílias de menor poder aquisitivo “foram as mais afetadas pela inflação de dezembro, embora a alta de preços tenha se intensificado em todas as classes”.

Segundo o levantamento, a inflação nos segmentos de renda mais baixa foi 0,21% ( com salário menor que R$ 900), mais que o dobro dos 0,9% verificados na variação de preços das classes mais ricas (maior que R$ 9 mil). A influência do aumento dos preços dos alimentos decorreu, sobretudo, do aumento dos preços de alimentos, principalmente produtos in natura como legumes, que chegaram a subir 9%; verduras (2,3%); frutas (3%); e carnes (2%). “Itens que pesam na cesta de consumo das classes mais baixas”, ressaltou o Ipea.

O Ipea avaliou que a alta de itens de vestuário, como roupas femininas (2,3%), e o reajuste de 0,5% nos preços dos aluguéis “também exerceram pressão maior sobre a inflação das camadas de renda mais baixa, anulando, inclusive, o alívio proporcionado pela deflação de 2% das tarifas de energia”. Em contrapartida, o Ipea aponta a queda de 4,8% no preço da gasolina como “o principal fator de descompressão inflacionária nas faixas de renda mais alta, que também se beneficiaram, ainda que em menor proporção, da redução das tarifas de energia elétrica”.

A avaliação é que, em dezembro, a inflação das famílias mais ricas só não foi ainda menor devido aos aumentos das passagens aéreas (29,1%) e dos planos de saúde (0,8%). No acumulado de 2018, a inflação cresceu em todos os segmentos de renda, resultado do aumento dos preços dos alimentos a partir do 2º semestre e, sobretudo, dos reajustes dos combustíveis e da energia elétrica entre junho e outubro. Embora as famílias mais pobres tenham sofrido mais em dezembro, no acumulado de 12 meses a alta de preços neste segmento foi 3,5%, contra 3,9% nas faixas de renda mais alta. (Agência Brasil)

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