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ESPECIALISTA DISCRIMINA TRÊS MEDIDAS QUE PODEM SER ADOTADAS PELO GOVERNO PARA AMENIZAR A VARIAÇÃO DO DÓLAR

Redação - 15/01/2019 13:00 - Atualizado 15/01/2019

Por João paulo Almeida

A economia brasileira é altamente ligada ao dólar. Muitos setores do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB) estão vinculados à moeda norte americana como o setor de exportações e importações. A variação da moeda causa reflexos abusivos na economia e em alguns casos é um fator decisivo para quebra de empresas e perda de espaço no PIB. Para saber mais sobre o assunto o portal Bahia Econômica conversou com Mathias Fischer, diretor de estratégia e inovação da Meu Câmbio, que listou três ferramentas que são utilizadas para suavizar as variações positivas ou negativas do dólar:

Swap cambial: No swap tradicional, o Banco Central oferece ao investidor o pagamento da oscilação do dólar, adicionada de um prêmio. Já o investidor se compromete a pagar ao banco central a oscilação da taxa de juros durante o mesmo período. A taxa de juros de referência para estes contratos é o DI (Taxa de depósitos interbancários, calculada e divulgada pela B3). Este mecanismo é equivalente a uma venda de moeda no mercado futuro. Esses contratos servem para dar “proteção” às empresas e bancos que têm dívida em moeda estrangeira

Swap cambial reverso: O swap cambial reverso, por sua vez, é usado quando há a necessidade de controlar quedas bruscas da moeda norte-americana, ou seja, o banco central oferece aos investidores o diferencial de juros enquanto os investidores oferecem ao Banco Central a oscilação do dólar.

Leilão de linha: Os leilões de linha também são feitos por meio da venda de moeda norte-americana no mercado à vista, com recursos das reservas internacionais brasileiras. Nesse caso, porém, os dólares têm de ser devolvidos ao Banco Central nos meses seguintes. Durante esse período, ficam no mercado. Como retornam às reservas cambiais, o BC considera que essas operações não impactam as reservas cambiais. Os leilões de linha tendem a reduzir a pressão pela alta da moeda. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tende a ficar menor. Os leilões de linha são utilizados em momentos de baixa liquidez (falta de dólares) no mercado de câmbio como, por exemplo, no fim de cada ano, quando cresce a procura por moeda norte-americana por conta das férias e viagens de fim de ano e remessas de lucros de companhias multinacionais.

 

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