É comprovado: uma boa noite de sono é uma das principais fontes de saúde. E de juventude. Um estudo conduzido pelo Brain-Work Institute do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, divulgado em 2007, mostrou que tanto dormir pouco quanto dormir demais encurtam a vida. Mais de 20 mil gêmeos foram acompanhados durante um período de 22 anos. Dormir menos do que sete horas por noite aumentou o risco de morte em homens (+26%) e mulheres (+21%); já dormir mais do que oito horas significou uma redução de longevidade de 24% para homens e 17% para mulheres. O uso de remédios para dormir teve resultados ainda mais drásticos: 31% dos homens e 39% das mulheres morreram mais cedo. Os pacientes foram acompanhados entre 1982 e 2003.
Dormir entre sete e oito horas por noite não proporciona só uma vida mais longa, mas também uma vida mais interessante e inteligente. A criatividade, por exemplo, é intensificada após uma boa noite de sono, especialmente quando despertamos logo após a fase REM (Rapid Eye Movement, que tem esse nome porque nossos olhos ficam se movendo rapidamente). Essa é a fase mais profunda, em que os sonhos mais vívidos acontecem. Um estudo da Escola de Medicina de Harvard, por exemplo, afirmou que acordar logo após essa fase do sono aumenta em 30% a habilidade de resolver palavras cruzadas de manhã.
Outros estudos também sugerem que dormir ajuda a resolver problemas complexos — em inglês, existe até uma expressão para isso, “let’s sleep on it”, que sugere dormir para conseguir solucionar melhor alguma questão. Também já é bem consolidada entre os pesquisadores a ideia de que dormir é essencial para o aprendizado, para o desenvolvimento da linguagem e para a consolidação da memória.