Segundo dados oficiais registrados até novembro do ano passado, o rombo na previdência dos militares da Forças Armadas foi o que mais cresceu. A equipe econômica defende a inclusão dos militares na proposta de reforma da Previdência, principalmente porque o presidente Jair Bolsonaro pertence à categoria e deveria “dar o exemplo” enquanto pede “sacrifício” à população com regras mais exigentes para aposentadoria.
De acordo com informações do Estadão o déficit na previdência dos militares subiu 12,85% ante 2017, passando de R$ 35,9 bilhões para R$ 40,5 bilhões. Durante esse período, as receitas somaram R$ 2,1 bilhões, enquanto as despesas, R$ 42,6 bilhões. Enquanto isso, o déficit dos servidores civis da União somou R$ 43 bilhões até novembro do ano passado, alta de 5,22% em relação a igual período de 2017. Já o rombo no INSS subiu 7,4% na mesma base de comparação (os valores são nominais).
No Brasil, os militares se aposentam com o salário integral após 30 anos de serviços prestados. A remuneração básica de um soldado vai de R$ 1,5 mil a R$ 1,8 mil; a de um capitão, é de R$ 9 mil e a de um almirante do ar, é de R$ 14 mil. Há, porém, a possibilidade de acumular gratificações que podem até dobrar os vencimentos. Em média, por mês, militares da reserva e reformados das Forças Armadas ganham R$ 13,7 mil de benefício. Aposentados e pensionistas civis da União custaram R$ 9 mil mensais em 2018, enquanto no INSS, o benefício médio é de R$ 1,8 mil mensais. Com informações do Estadão.