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MERCADO BAIANO FECHA 2018 EM ALTA DE 33,7% EM NÚMERO DE INVESTIDORES NA BOLSA DE VALORES

Redação - 10/01/2019 20:07 - Atualizado 10/01/2019

Por: Luiz Souza

O mercado baiano fechou 2018 em alta de 33,7% no volume de pessoas físicas com investimentos em bolsa de valores. A informação foi enviada com exclusividade pela B3, a Bolsa Brasil, à reportagem do Bahia Econômica. De acordo com os dados, eram 16.791 investidores baianos em 2017, ante 22.463 no fechamento desse ano, em posição firmada no dia 28/12/18.

A participação dos investidores baianos na bolsa ainda aumentou, de 1,83% dos cpf’s cadastrados em 2017, numa ampliação a 1,97% no final de 2018. Ainda assim, a participação de baianos no chamado “investimento de risco” ainda está bem atrás na comparação com outras praças, como São Paulo (49,66% dos investidores brasileiros), Rio de Janeiro (20,49%), Minas Gerais (8,24%) e Rio Grande do Sul (5,64%).

Ainda houve significativo crescimento no número de investidores no país, num salto de 619 mil pessoas em 2017, a 813 mil cpf’s registrados em 28/12/18.

No pregão de hoje (10/01), o Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3, bateu mais um recorde nominal, ao encerrar o dia em 93.805 pontos, alta de 0,20% em relação ao pregão anterior.

O sócio-master da Proinvestors, empresa de agentes autônomos credenciada à corretora XP em Salvador, Jô Vieira, observa que as perspectivas da B3 para esse ano são animadoras, ainda que haja nuvens cinzentas no front. “A bolsa é o reflexo da situação econômica do país. Quando o país vai bem, a bolsa sobe, quando vai mal, o desempenho é negativo”, destacou.

A questão refere-se à perspectiva de que o governo Bolsonaro consiga levar adiante as reformas, sendo a mais importante a da Previdência. Vieira sugere que o investidor individual que queira aplicar diretamente na bolsa o faça à medida em que o governo vá “entregando” as reformas que se propôs a fazer.

A bolsa fechou o ano passado como o segundo melhor investimento, em alta de 15%, perdendo apenas para o dólar, que acelerou 16,5%, inflado com a perspectiva de que Fernando Haddad (PT), candidato avaliado pelo mercado como desfavorável às reformas, fosse eleito à presidência.

Vieira, da Proinvestors, ainda aponta que o cenário externo se apresenta como conturbado, em função das políticas protecionistas adotadas pelo governo Donald Trump (EUA), além do panorama europeu, com a saída da Inglaterra do bloco. Nesse contexto, países emergentes, como o Brasil, tornam-se opções interessantes aos investidores estrangeiros, dado um maior potencial de lucratividade, prossegue Vieira.

O país segue respondendo de maneira efetiva às expectativas. No momento, os juros operam a níveis civilizados, com a taxa básica a 6,5%, além da inflação sob controle, tendo fechado o ano passado pouco abaixo do centro da meta. Tais condicionantes estimulam o apetite do investidor ao risco. Foto: B3/divulgação.

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