Dirigentes de legendas alinhadas ao governo de Jair Bolsonaro estão assustados com a sequência de informações desencontradas, recuos e notícias desfavoráveis a integrantes da nova gestão. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a avaliação é de que os nomes do primeiro escalão abusam do direito de errar e que, caso o presidente não tente “arrumar a casa”, poderá encontrar na volta do recesso um Congresso pouco simpático, disposto a apostar na desorganização do governo para extrair vantagens.
Na última semana, o presidente anunciou aumento do IOF, revisão da tabela do imposto de renda e uma idade mínima para a reforma da Previdência, sendo desmentido pela equipe, que chegou a aconselhar que ele evite temas econômicos em suas falas. Em seguida, Bolsonaro recuou sobre a possibilidade de o país abrigar uma base militar americana. As “cerejas do bolo” foram as notícias de que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, usou notas fiscais sequenciais emitidas pela empresa de um amigo para solicitar verba indenizatória da Câmara, e a promoção obtida pelo filho do vice-presidente Hamilton Mourão no Banco do Brasil.