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ONYX SE REFERE A “MOVIMENTAÇÃO INCOMUM” DE RECURSOS NA GESTÃO TEMER

Redação - 03/01/2019 16:25 - Atualizado 03/01/2019

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou hoje (3) que o governo Bolsonaro irá proceder a uma revisão nas contas do governo nos últimos dias de 2018. De acordo com Onix, foi detectada uma “movimentação incomum” no final da gestão anterior. O novo governo ainda vai fazer um levantamento sobre nomeações nos últimos 30 dias do governo  Michel Temer.

“Houve movimentação incomum de recursos destinados a ministérios nos últimos dias do ano passado. Foi solicitado que todos os ministros fizessem a revisão pasta por pasta sobre as exonerações ou transferências de pessoal, e também sobre a movimentação financeira dos últimos 30 dias”, afirmou Onix, após a primeira reunião ministerial do novo governo.

Ainda ontem, a ministra das Mulheres e dos Direitos Humanos, Damares Alves, suspendeu contrato de R$ 44,9 milhões com a Universidade Federal Fluminense (UFF). De acordo com contrato, o acordo seria para elaborar um projeto de “apoio institucional ao desenvolvimento do projeto ‘Fortalecimento Institucional da Funai’”. A suspensão decorreu do fato de que o acordo não teria sido firmado por meio de um processo licitatório tradicional e de concorrência, mas sim por uma contratação direta entre os dois órgãos federais.

Lorenzoni afirmou, ainda, que a ideia do novo governo é estender a exoneração dos cargos de confiança feitos em sua pasta para todo o Executivo e administração indireta. Além de critérios técnicos, serão consideradas questões políticas, como quem foi responsável pela indicação do servidor e qual sua visão ideológica.

“O primeiro critério é técnico, de competência, e depois a avaliação de como chegou, quem é que indicou, para tentar tirar essas pessoas da atual Casa Civil, e isso pode perpassar demais ministérios também. Não tem sentido termos pessoas que defendem outra lógica, outro sistema político”, justificou.

O ministro considerou que a Casa Civil foi usada como exemplo em relação ao chamado “pente fino” em relação aos atos da gestão Temer, e que Bolsonaro deixou os demais ministros “autorizados a proceder de maneira semelhante ou ajustada”.De acordo com o ministro, o objetivo do governo Bolsonaro é reproduzir o critério de escolhas técnicas nos cargos de segundo e terceiro escalão e depois na esfera regional, mas “respeitando a afinação com o projeto que foi vencedor na eleição”.

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