A Justiça Eleitoral, por meio do aplicativo Pardal, acumulou 47.144 denúncias de eleitores segundo o último balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 26 de novembro, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, a maior parte das irregularidades, 24.304 (52%) diz respeito à propaganda eleitoral. Denúncias de crimes eleitorais representam 23% do total, enquanto compra de votos apenas 3% —embora chegue a 13,7% em Alagoas e 12,3% em Roraima.
O estado com mais irregularidades denunciadas foi São Paulo, com 8.570. Seguido de Pernambuco (4.242), Minas Gerais (3.738) e Rio de Janeiro (2.839). Usado pela primeira vez em 2016, o Pardal é uma ferramenta que permite que qualquer pessoa denuncie infrações eleitorais, não só relativas à propaganda, mas a compra de votos, uso da máquina pública, crimes eleitorais e doações e gastos eleitorais.
O dispositivo, no entanto, não recebe irregularidades sobre propaganda eleitoral veiculada na TV, no rádio e na internet. Também não processa alertas de infrações relacionadas a candidatos a presidente da República e a vice. O número de denúncias caiu em relação a 2016, quando a seis dias do segundo turno o aplicativo já registrava 61.961 irregularidades. Quase metade também foi referente a propaganda eleitoral. Crimes eleitorais representaram 17% e compra de votos, 11%.