Uma ação popular que busca barrar a nomeação de Ricardo Salles (Novo) para a chafia do Ministério do Meio Ambiente do Governo Bolsonaro (PSL) foi protocolada na última sexta-feira (21) pelo advogado Ricardo Nacle. A ação vai ser julgada pela 10º Vara Cívil Federal de São Paulo.
Para Nacle, há sobre o futuro ministro um “cenário apto a comprometer, seriamente, o predicado de moralidade do indicado para o cargo de confiança”. Ele apontou ainda que Salles não atende ao conceito “estrito da moralidade administrativa, exigido para o exercício dos cargos comissionados”. O futuro ministro do Meio Ambiente foi condenado em 18 de dezembro por improbidade administrativa pelo juiz Fausto José Martins Seabra, da 3.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. Ainda cabe recurso à ação.
Salles foi acusado pelo Ministério Público de São Paulo de ter favorecido empresas de mineração em 2016, por ter supostamente acolhido mudanças nos mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Tietê. Na época, o futuro ministro era secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, durante a gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB).