A sede da Petrobras em Salvador, conhecida como Torre Pituba, foi alvo da deflagração da 56ª fase da Lava Jato, em 23 de novembro, com o cumprimento de prisões e buscas e apreensões. A suspeita é de que a construção do prédio tenha sido superfaturada.
Com base nisso, na última quarta (19), o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 42 pessoas por corrupção, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, desvios de recursos de instituição financeira (Petros) e organização criminosa. Entre eles, executivos de grandes empresas, como Odebrecht, OAS e Mendes Pinto Engenharia. As investigações apontaram que as contratações fraudulentas e pagamentos de vantagens indevidas no esquema se estendeu de 2009 a 2016.
Conforme a denúncia, a Petros se comprometeu a realizar a obra, e a Petrobras, a alugar o edifício por 30 anos. De acordo com as investigações, no esquema ilícito montado desde o início, Petrobras e Petros formaram grupos de trabalho nos quais seus integrantes, em conluio com outros dirigentes da estatal e do fundo de pensão, em troca de vantagens indevidas, passaram a fraudar os procedimentos seletivos para a contratação da empresa gerenciadora da obra (Mendes Pinto Engenharia), das responsáveis pelo projeto de arquitetura e de engenharia executiva (AFA e Chibasa Projetos de Engenharia) e das empreiteiras que ficaram responsáveis pela obra – OAS e Odebrecht.