O Brasil é o segundo país do mundo em que a população mais superestima a proporção de pessoas desempregadas e que procuram trabalho. O palpite médio em todo o estudo foi 5 vezes maior do que o real (34% quando na realidade é mais próximo de 7%). No Brasil, a estimativa é de 60% de desempregados, enquanto a realidade é de 13%. O México lidera esse quesito, com 3% na realidade e percepção de 50%. Os dados são da pesquisa “Perigos da Percepção”, realizada pela Ipsos em 37 países, incluindo o Brasil.
O estudo também mostrou que quase todos os países tendem a subestimar o tamanho da sua própria economia em relação às outras. A maioria das pessoas colocou a classificação do PIB do país abaixo da realidade. Esse é o caso de economias emergentes como Argentina, África do Sul e Romênia. Mas, mesmo nos Estados Unidos, país com maior PIB entre todos, os cidadãos não enxergam a nação como a maior economia (a média de resposta foi 5º maior PIB).
Foram entrevistadas 28,1 mil pessoas, entre os dias 28 de setembro e 16 de outubro de 2018. A margem de erro para o Brasil é de 3,1 pontos percentuais. O estudo avalia o quanto as pessoas conhecem sobre as principais questões, características e realidade dos seus países, considerando os seguintes assuntos: crimes, assédio sexual, meio ambiente, sexo, saúde, economia e população. Entre os países com pior conhecimento, a Tailândia ficou em 1º lugar, seguida por: México (2º), Turquia (3º), Malásia (4º) e Brasil (5º).