Os pagamentos do Tesouro Nacional passarão a ser feitos no mesmo dia da ordem bancária a partir de janeiro de 2019. Atualmente, há uma demora de até sete dias entre a ordem e a efetivação do pagamento, o que faz com que o dinheiro fique parado no banco nesse período, informa a Agência Brasil.
Segundo o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, a medida evitará que ordens de pagamento no fim do ano só tenham impacto financeiro no caixa do ano seguinte. Além disso, o secretário citou como benefícios o aumento da transparência e o fim de discrepância entre dados divulgados pelo Tesouro e outros números divulgados pelo governo. Mansueto Almeida exemplificou com o teto de gastos, que é calculado pelas ordens de pagamentos.
De acordo com Almeida, antigamente, como tudo era feito manualmente, com assinatura da ordem de pagamento em papel e transporte do documento ao banco, esse período até a efetivação do pagamento era necessário. “Hoje é feito de forma eletrônica e imediatamente vai para o Banco do Brasil.”
Com a nova sistemática, o Tesouro não precisará emitir ordem de pagamento neste ano para que o dinheiro de benefícios previdenciários e socais e folha de pessoal do Poder Executivo seja liberado no início de janeiro do próximo ano. Tanto a ordem quanto o pagamento dessa despesa, no total de R$ 32,9 bilhões, serão feitos em janeiro. No ano passado, tais despesas chegaram a $$ 33,1 bilhões. Mansueto Almeida acrescentou que, com a modernização, ordens de pagamento poderão ser liberadas até pelo celular, a partir do próximo ano.