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RUI CONVOCOU “TROPA DE CHOQUE” PARA APROVAR PACOTE, DIZ NETO

Redação - 13/12/2018 19:45 - Atualizado 13/12/2018

O prefeito de Salvador ACM Neto, teceu duras críticas a supostos expedientes usados pelo governo Rui Costa, a fim de aprovar o pacote de medidas de austeridade, chamado por alas oposicionistas como “pacote de maldades”.

Dentre os aspectos mais polêmicos do pacote está o aumento de 12% para 14% da alíquota de contribuição previdenciária dos servidores estaduais para ganhos acima de R$ 5,6 mil.

A Assembleia Legislativa da Bahia (AL/Ba), na qual os governistas são maioria, aprovou ontem (12) as medidas de austeridade, sob protestos dos servidores e supostas pressões do governo do estado a parlamentares, dentre as quais algo noticiado pela coluna Satélite do Jornal Correio.

De acordo com a publicação, veiculada ontem (12): “Rui Costa escalou emissários para pressionar a turma [deputados estaduais do PT, PCdoB e PSB]. Um a um foram avisados de que a máquina é que os elege e mantém os cargos dos seus apadrinhados”.

O prefeito ACM Neto afirmou que o protesto da oposição contra as medidas de Rui para garantir a aprovação do pacote foi uma reação à “tropa de choque”, convocada pelo governador. “Eu não estava no momento na Alba, tenho que confiar no juízo feito pelos deputados de oposição de que a melhor estratégia foi essa. Acredito que foi em função da necessidade de fazer um protesto claro, duro, em relação à votação que aconteceu. Nós percebemos que o governador colocou a sua ‘tropa de choque’ para passar por cima do debate, para suprimir o direito dos servidores de se manifestarem e fazer uma votação tratorada”, disse a jornalistas.

Neto voltou a questionar a campanha de Rui, que teria, durante o período eleitoral, omitido os reais problemas das contas do estado.  “Porque teria sido muito mais correto, digno da parte dele, se ele tivesse durante a campanha eleitoral revelado o que revelou depois da eleição, que a situação fiscal do estado era difícil e que precisaria fazer série de ajustes, que ia mexer na vida dos servidores, aumentando contribuições previdenciárias, comprometendo plano de saúde, ampliando série de taxas e penalizando cidadão comum. Tudo isso foi omitido na campanha eleitoral. Ele começa o segundo mandato de pé esquerdo, sobretudo traindo confiança do eleitor baiano, que saberá fazer juízo adequado dessa atitude, que a meu ver foi incorreta por parte do governador”, concluiu Neto.

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