O projeto de reforma administrativa enviado pelo governador Rui Costa à Assembleia Legislativa, que deve ser votado nesta terça-feira, vai retirar cerca de R$ 200 milhões por ano das receitas do plano, segundo apurou com exclusividade o portal Bahia Econômica. O projeto fragiliza o Planserv, pois diminui suas receitas já que o artigo 11 reduz de 4% para 2% a contribuição dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, das autarquias e fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista do Estado.
A contribuição dos Poderes e das instituições atingiu no ano passado o montante de R$ 400 milhões que serão cortados pela metade, resultando em uma redução de cerca de R$ 200 milhões em 2019. Segundo o relatório de custeio do próprio Planserv, a que teve acesso o portal, no último ano as receitas do plano foram de R$ 1,6 bilhão, sendo que a contribuição do servidor ficou em R$ 1,2 bilhão e a contribuição patronal atingiu R$ 400 milhões. Não se sabe como o governo do Estado vai reduzir em R$ 200 milhões da receita do plano sem estabelecer novos aumentos ao servidor. Na semana passada, a coordenadora do Planserv, Cristina Cardoso, pediu exoneração do cargo e, segundo assesores, o motivo teria sido o corte de 50% no custeio do plano pelo Estado.
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