Detido na Operação Calicute, o ex-secretário de Gestão do governo Cabral, Wilson Carlos, teve sua soltura determinada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo O Globo. Wilson teve sua prisão decretada em novembro de 2016 pelo juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.
Sua defesa recorreu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), com sede no estado, e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, mas os pedidos de liberdade foram negados. Gilmar entendeu, porém, que a prisão preventiva não está baseada em “elementos concretos” e estendeu a Wilson decisão que já tinha beneficiado Hudson Braga, ex-secretário de Obras no governo Cabral, preso na mesma operação.
O ministro do STF estabeleceu que Wilson não pode manter contato com os demais investigados e está proibido de deixar o país. Além disso, deve se recolher em casa à noite e nos finais de semanas e feriados. Conforme Gilmar, o ex-secretário só deverá ficar detido caso haja uma segunda ordem de prisão. De acordo com as investigações da Calicute, o grupo do ex-governador Sérgio Cabral desviou aproximadamente R$ 224 milhões em contratos com empreiteiras.
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