Exatamente uma semana depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciar que não defende tratados que envolvam o Brasil se Jair Bolsonaro decidir abandonar o Acordo de Paris, o embaixador Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, afirmou que delegações internacionais têm mostrado boa vontade em relação ao futuro governo brasileiro, informa a BBC.
“O que eu escuto das delegações que vêm conversar comigo é até um certo otimismo, do ponto de vista de perspectivas de liberação comercial, de maior abertura da economia brasileira para o comércio internacional”, disse Azevêdo a jornalistas brasileiros em Washington, onde recebeu prêmio de Personalidade do Ano do Conselho Nacional de Comércio Internacional dos EUA (NFTC, na sigla em inglês).
A simpatia estrangeira pela nova Presidência, segundo o brasileiro que chefia a OMC, também é marcada por cautela. “Isso é visto de maneira geral positiva, mas estão todos ainda esperando para ver quais medidas serão efetivamente adotadas”, afirmou. “A equipe econômica precisa de tempo para estruturar sua estratégia e colocar para os parceiros comerciais como o Brasil vai se comportar.” “As pessoas estão acompanhando de perto”, prosseguiu Azevêdo.