O instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou uma pesquisa agora pouco que mostra a Bahia como um dos estados com mais incidência de pessoas com acesso restrito ao saneamento básico. No estado quase metade da população do estado (47,9% ou cerca de 7,3 milhões de pessoas) não tinha acesso simultâneo ao três serviços de saneamento básico: coleta direta ou indireta de lixo, abastecimento de água por rede geral e esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial.
Essa também foi a restrição mais frequente no país como um todo, embora atingindo um percentual significativamente menor da população (37,6%). Em seguida, no estado, vinham as restrições no acesso a comunicação, com 35,8% da população (5,5 milhões de pessoas) sem Internet; e no acesso à educação, com 34,9% das pessoas (5,4 milhões de pessoas) que tinham de 6 a 14 anos de idade e não frequentavam escola ou tinham 15 anos ou mais de idade e eram analfabetas, ou tinham 16 anos ou mais de idade e não possuíam ensino fundamental completo.
No Brasil, a segunda restrição mais frequente era no acesso à educação (atingindo 28,2% da população), em seguida vinha o acesso à comunicação (25,2%). Já Salvador apresentava um quadro diferente do nacional e do estadual. Na capital baiana, a restrição mais frequente era no acesso à educação, atingindo 1 em cada 5 pessoas (20,0%). Em seguida, atingindo pouco mais de 1 em cada 10 pessoas, vinham as restrições no acesso à moradia adequada (11,6%) e à proteção social (11,4%). Pouco mais de 1 em cada 4 pessoas na Bahia (26,9% da população ou 4,1 milhões de baianos) era atingida por ao menos três dessas restrições de acesso. Esse percentual estava bem acima da média nacional (15,8% da população brasileira tinha aos menos três restrições) e era quase 5 vezes o percentual de Salvador (5,4% ou cerca de 160 mil pessoas).