Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além do significativo percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza, em 2017, na Bahia, 3,3% dos domicílios não tinham nenhum rendimento per capita, o que representava cerca de 168 mil residências onde nenhum morador tinha renda. Era o maior percentual do país, empatado com o do Amazonas, onde os 3,3% representavam, porém, muito menos domicílios: cerca de 36 mil em números absolutos.
No Brasil como um todo, 2,2% dos domicílios não tinham nenhum rendimento em 2017, 1,524 milhão em números absolutos. Paraíba, com 1,0% domicílios sem rendimento (12 mil em números absolutos), Santa Catarina (1,4% ou 35 mil) e Distrito Federal (1,5% ou 16 mil) eram os estados com menores ocorrências desse tipo de situação. Na Bahia, o percentual de domicílios sem nenhum rendimento (3,3%) ficava acima da média do Nordeste (2,4% ou 440 mil domicílios). Era ainda um pouco maior do que o percentual dos domicílios que pertenciam à faixa de rendimento per capita mais elevada: 3,1% das residências no estado (159 mil) tinham rendimento per capita maior do que 5 salários mínimos (R$ 4.685 por morador em 2017).
A proporção de domicílios sem nenhum rendimento per capita na Bahia cresceu em relação a 2016. Naquele ano, eles representavam 1,9% do total de residências do estado, somando 99 mil em números absolutos, e a Bahia tinha apenas o 14º maior percentual de domicílios nessa situação. Em apenas um ano, o número de domicílios sem nenhum rendimento no estado cresceu 70,4%. Na Bahia, pouco mais de 4 em cada 10 domicílios (41,4% ou 2,139 milhões) tinham rendimento per capita de até ½ salário mínimo (no Brasil como um todo, eram 24,5%) e quase 7 em cada 10 (67,6% ou 3,496 milhões) tinham rendimento médio per capita de até 1 salário mínimo (R$ 937 em 2017), enquanto no Brasil eram 50,9%.