A partir deste domingo (2), começam em Katowice, na Polônia, as negociações anuais da ONU sobre o clima. Neste ano, a principal tarefa da COP 24 será estabelecer o “livro de regras” do Acordo de Paris, ratificado em 2015. Naquele ano, 195 países se comprometeram a limitar o aquecimento da Terra a até 2ºC até o fim do século. O “livro de regras” deve definir como, especificamente, essa meta deverá ser alcançada. É possível, no entanto, que ele também não seja decidido neste ano — assim como não foi no ano passado. A intenção é que o que ficou estabelecido em 2015 entre em vigor a partir de 2020.
A tarefa, no entanto, não é fácil. Ainda que o acordo estabelecido em 2015 aponte 2ºC como um aquecimento máximo, o ideal, segundo cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), é que a Terra não esquente mais do 1,5ºC até o fim do século. A entrega do relatório do IPCC também deve ser um dos principais pontos da COP 24. Além do compromisso de minimizar o aquecimento terrestre, o Acordo de Paris também reiterou o combinado de que os países ricos deveriam investir 100 bilhões de dólares por ano até 2020 para atender às necessidades dos países em desenvolvimento.
Por último, todos os países também se comprometeram a enviar, a cada cinco anos, as chamadas “contribuições nacionais” — o quanto cada um poderia contribuir para atingir os objetivos do Acordo. Ao contrário do Protocolo de Kyoto, o Acordo de Paris não estabeleceu metas para cada país: cada um decidiu, por si, quais compromissos deveria assumir.