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G-20 DEFENDE REFORMA DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO

Redação - 01/12/2018 19:39 - Atualizado 01/12/2018

O encontro de chefes de Estado do G-20, que ocorreu em Buenos Aires na sexta-feira e neste sábado, finalmente alcançou um consenso que permitiu elaborar um documento final contendo 31 pontos que têm como objetivo o crescimento sustentável dos países. Entre eles, está a proposta de reformar a Organização Mundial do Comércio (OMC). Os EUA também reiteraram a decisão de sair do acordo de Paris, mas reafirmaram o compromisso com o crescimento da economia protegendo o meio ambiente.

O documento tem 40 páginas. No item que menciona a necessidade de modificar a OMC, os líderes do G-20 enfatizaram que o comércio internacional e investimentos são motores importantes de crescimento, aumento da produtividade, inovação, desenvolvimento e geração de empregos. E reconheceram que o atual sistema multilateral de comércio tem contribuído para esse fim. Mas ponderaram que o “sistema atualmente está aquém de seus objetivos e há espaço para melhorias”. E seguiram: “por isso, apoiamos a necessária reforma da OMC para melhorar o seu funcionamento”. Informaram que, na próxima reunião da cúpula, analisarão o progresso dessa reforma.

Em outro ponto do documento, os EUA reiteram sua decisão de retirar-se do Acordo de Paris – um compromisso internacional firmado, há três anos, entre 195 países, incluindo os Estados Unidos, para diminuir as consequências do aquecimento global. Ainda que no mesmo documento os demais signatários reafirmaram que o acordo é “irreversível” e comprometeram-se com sua “plena implementação”. “Continuaremos combatendo as mudanças climáticas, promovendo o desenvolvimento sustentável e o crescimento”, disseram os países. Os EUA justificaram que, independente do acordo, têm “forte compromisso com o crescimento econômico e acesso à energia e segurança, utilizando todas as fontes de energia e tecnologias, protegendo o meio ambiente”.

Os debates entre os negociadores dos governos que integram o G-20 se estenderam até as 6h deste sábado e, segundo disseram ao Globo altas fontes do governo brasileiro, a iniciativa de reformar a OMC foi impulsionada principalmente pelos Estados Unidos. A questão do comércio é um dos principais pontos de conflito dentro do G-20. As medidas protecionistas aplicadas pelos Estados Unidos e sua guerra comercial com a China têm criado obstáculo ao avanço de negociações dentro do grupo. De acordo com as mesmas fontes, a questão do protecionismo será mencionada no comunicado final, mas de forma implícita.

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