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EDUARDO BOLSONARO CONFIRMA EMBAIXADA EM JERUSALÉM

Redação - 28/11/2018 07:35 - Atualizado 28/11/2018

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, confirmou nesta terça-feira em Washington que a embaixada brasileira em Israel será transferida de Tel Aviv para Jerusalém. O tema é controvertido e foi objeto de idas e vindas de Jair Bolsonaro antes e depois das eleições. A decisão contraria resoluções da ONU segundo as quais o status final da cidade deve ser decidido em negociações com os palestinos.

O deputado se encontrou pela manhã com Jared Kushner, conselheiro-sênior da Casa Branca e genro de Donald Trump. O assunto foi tratado na reunião. Os Estados Unidos mudaram sua embaixada para Jerusalém em maio deste ano, numa decisão que despertou críticas internacionais e que até agora havia sido seguida apenas pela Guatemala. Os demais países com representação diplomática em Israel mantêm suas missões em Tel Aviv.

Eduardo Bolsonaro — que no fim de um evento sobre economia recebeu de dois brasileiros um boné do presidente Donald Trump com o lema “Faça a América grande de novo” e o vestiu — minimizou eventuais retaliações dos países árabes à transferência da embaixada em Israel. Disse que, se isso ocorrer, as empresas vão precisar se adaptar. Os países árabes estão entre os maiores clientes do agronegócio brasileiro. Até setembro deste ano, o Brasil exportou US$ 13,4 bilhões para o bloco, com um superávit de US$ 2,98 bilhões.

Ao comentar as possíveis consequências da transferência da embaixada, o deputado também mencionou a disputa entre o Irã, país persa de maioria xiita, e países árabes em que a maioria da população pertence à vertente sunita do Islã, em especial a Arábia Saudita,  forte aliada de Washington.

— Olha, todo mundo conhece Jair Bolsonaro, ele falou bastante isso na campanha. Se isso pode interferir alguma coisa no comércio, a gente tem que ter alguma maneira de tentar suprir caso venha a ocorrer esse tipo de retaliação. E eu acredito que a política no Oriente Médio já mudou bastante também. A maioria ali é sunita. E eles veem com grande perigo o Irã. Quem sabe apoiando políticas para frear o Irã, que quer dominar aquela região, a gente não consiga um apoio desses países árabes — disse.

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