Uma enzima encontrada em um camarão luminoso está ajudando pesquisadores a testar drogas que bloqueiam a transmissão da malária.
Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) criaram um parasita transgênico e introduziram em seu DNA a sequência genética responsável pela produção da nanoluciferase, uma proteína fabricada comercialmente pela empresa americana de biotecnologia Promega a partir da substância extraída do crustáceo.
No laboratório, o micro-organismo transgênico é colocado em contato com a droga que se quer testar. Se ela for ineficiente, ou seja, incapaz de impedir a transmissão da doença, a nano luciferase emite luz.
Inicialmente, foram testadas 400 substâncias, das quais nove se mostraram eficientes contra o parasita causador da malária. Elas funcionariam como uma espécie de “cura” do mosquito. Quer dizer, eliminariam a capacidade do inseto de transmitir a doença.