O ‘Seminário Socioeducativo na Bahia – avanços, perspectivas e desafios’, promovido pela Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), foi aberto, oficialmente, na tarde desta quarta-feira (21), em um hotel no bairro da Pituba, em Salvador. A iniciativa visa promover reflexões que estimulem a qualificação dos profissionais que atuam na gestão socioeducativa, além de contribuir para consolidar e ampliar os direitos humanos de adolescentes no estado. Até sexta-feira (23), cerca de 600 profissionais irão participar de mesas de debate sobre diversos temas ligados à socioeducação. De acordo com a diretora da Fundac, 625 adolescentes entre 12 e 18 anos são atendidos no Sistema Socioeducativo da Bahia. Ela destaca que o seminário qualifica e fortalece os profissionais da Fundac. “Todo esse trabalho irá resultar na qualificação dos nossos profissionais para que tenhamos um atendimento digno, respeitoso e que possa contribuir para a saída dos adolescentes do mundo da violência e do crime”.
A Fundac é responsável pela coordenação de seis unidades de internação, conhecidas como Comunidades de Atendimento Socioeducativo (Cases), sendo uma em Camaçari, outra em Feira de Santana e as demais na capital. São nos Cases que os adolescentes cumprem medida socioeducativa de internação pelo período máximo de três anos. O secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, Cézar Lisboa, participou da abertura e destacou a contribuição do seminário para assegurar os direitos dos adolescentes. “Cada vez mais é preciso ter cuidado com os adolescentes para que se evite os problemas relacionados à violência. Para os jovens que se envolveram em problemas com a lei e estão cumprindo uma medida socioeducativa, é necessário oferecer a eles uma oportunidade de reinserção social. Os Cases são importantes não só para que o jovem cumpra essa medida, mas também para oferecer uma oportunidade de reintegração, com acesso à educação, formação profissional e acompanhamento psicológico”.
Além dos debates, o seminário também conta com um espaço para a venda de produtos confeccionados pelos adolescentes das Cases. Um stand com exemplares do livro “A Força Feminina – A Poesia que Liberta” também foi montado. A publicação foi realizada a partir de poesias produzidas por garotas da Case Femina.