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BAHIA DEVE FECHAR O ANO COM A GERAÇÃO DE 30 MIL POSTOS DE TRABALHO, PROJETA SEI

Redação - 22/11/2018 20:00 - Atualizado 26/11/2018

A perspectiva para o acumulado dos meses de novembro e dezembro para o mercado de trabalho baiano é a perda entre oito e dez mil postos de trabalho formal. A informação foi divulgada ontem pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), em nota enviada ao Bahia Econômica. Ainda assim, com isso, com base nas projeções do emprego formal, a expectativa é de encerrar o ano com um saldo positivo acumulado de até 30 mil postos de trabalho, na Bahia.

O economista Luiz Fernando Lobo, da SEI, observa que a perda líquida de empregos com carteira assinada já era esperada para o período.

“[Essa perda] deverá ser influenciada, principalmente, pelo comportamento dos setores de Agropecuária, Construção Civil e Indústria de Transformação, atividades que deverão ser destaque negativo em termos de saldos. No entanto, os segmentos que devem continuar se destacando na geração de empregos com carteira assinada neste final de ano são os de Comércio e o de Serviços”, considera Lobo.

De acordo com informações da SEI, houve, na Bahia, fechamento de 76.090 e de 73.067 postos celetistas em 2015 e 2016, respectivamente. Esses dois anos foram marcados por uma intensa recessão na economia brasileira, o que se refletiu no estado, deprimindo o contingente de trabalhadores com carteira assinada. Lobo aponta, porém, que, nos anos seguintes, houve geração líquida de postos: 101 postos em 2017 e 38.151 postos de janeiro a outubro de 2018. Prossegue o economista:

“Um simples confronto desses valores permite visualizar que ainda falta muito para o retorno a patamares semelhantes aos dos anos pré-crise. Os últimos resultados, no entanto, possibilitam acreditar que, mesmo lentamente ou abaixo do desejado, o mercado de trabalho local segue o curso da reabilitação”.

O economista refuta a perspectiva de uma “perda de fôlego” de contratações no mercado de trabalho baiano, considerando o fechamento de vagas no último bimestre como um movimento do mercado:

“Não se trata de perda de fôlego. A Bahia, por exemplo, revelou saldo positivo no mês de outubro, o que não ocorria desde 2011. O que acontece é que, nos últimos meses do ano, há um movimento característico do mercado de trabalho estreitamente associado com a forte sazonalidade de importantes setores da economia, o que termina por frear a geração de postos de trabalho”

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