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DEZ MUNICÍPIOS BAIANOS FICARÃO SEM ASSISTÊNCIA MÉDICA BÁSICA COM SAÍDA DE CUBANOS

admin - 16/11/2018 20:00

São dez as cidades baianas ficarão sem nenhum médico para atendimento na assistência básica, com a saída dos profissionais cubanos que faziam parte do programa Mais Médicos. Todos os municípios com menos de 40 mil habitantes. O executivo estadual estima que a decisão vai afetar a vida de cerca de 3 milhões de pessoas, que ficarão sem assistência.

Atualmente, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a Bahia possui 1.522 médicos do Programa Mais Médicos, que estão alocados em 363 dos 417 municípios. Deste total de profissionais, 846 são cubanos, que estão distribuídos em 317 municípios — há médicos também de países como México, Espanha e Angola.

A Bahia, que abriga 10% do total de médicos cubanos hoje no país, é o segundo estado que mais vai perder profissionais do Mais Médicos— fica atrás apenas de São Paulo, que tem 16% de todos os médicos de Cuba hoje no país.

Os municípios baianos onde só médicos cubanos trabalham na assistência básica e que perderão 100% dos profissionais são:

Apuarema (3 médicos); Central (6); Correntina (8); Itagibá (3); Lafaiete; Coutinho (2); Lajedão (2); Nova Itarana (3); Nova Soure (5); Palmeiras (4); Pedro Alexandre (6).

Ainda conforme dados do governo local, 17 comunidades indígenas também ficarão sem assistência em todo o estado. A Sesab aponta que a retirada antecipada dos médicos representa “grave ameaça para municípios baianos”. Diz que, ao longo de cinco anos de existência do programa, mais de 5,6 milhões de pessoas foram beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês, com uma cobertura de 72% da atenção básica.

No ranking de cidades que vão perder o maior número de cubanos, mas ainda manterão médicos na assistência básica, Teixeira de Freitas, na região sul, aparece no topo. A cidade perderá 18 profissionais cubanos. Já Salvador possui atualmente dois cubanos trabalhando.

O governo de Cuba anunciou a retirada dos médicos do programa na quarta-feira (14), citando “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos profissionais no Brasil.

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