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SECRETÁRIO DE SAÚDE DA BAHIA REAGE A FIM DO PROGRAMA MAIS MÉDICOS: “IRÁ CAUSAR DESASSISTÊNCIA”

Redação - 14/11/2018 20:30

Após questionamentos do presidente eleito,Jair Bolsonaro, sobre a qualificação dos médicos cubanos e a exigência de revalidação dos diplomas cubanos no Brasil, o Ministério da Saúde caribenho anunciou o fim do Programa Mais Médicos. O anúncio causou preocupação ao secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, que acredita que a decisão deixará muitas pessoas sem assistência.

“A substituição de médicos cubanos por brasileiros vinha sendo feita progressivamente, porém a reposição antecipada e imediatas não será algo exequível, o que irá certamente causar desassistência. Em cinco anos de programa, nenhum edital de contratação de médicos brasileiros conseguiu contratar essa quantidade de profissionais. O maior edital contratou 3 mil brasileiros”, disse.

Em reunião da Comissão Intergestores Biparte (CIB), na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador, Vilas-Boas legitimou seu comentário com números: “de uma só vez, sairão mais de 8.500 médicos cubanos dos locais onde estão trabalhando atualmente. Esses médicos estão em 2.885 municípios do país, sendo a maioria nas áreas mais vulneráveis, tais com Norte, semiárido nordestino, cidades com baixo IDH, saúde indígena e periferias de grandes centros urbanos”, afirma, lembrando ainda que 1.575 municípios só possuem médicos cubanos, sendo que 80% desses municípios são pequenos (menos de 20 mil habitantes).

Ao longo de cinco anos de existência, mais de 5,6 milhões de pessoas beneficiadas, cerca de 800 mil consultas realizadas por mês e uma cobertura de 72% da Atenção Básica na Bahia. Atualmente, segundo a Sesab, o estado possui 1.522 médicos do Programa, que estão alocados em 363 municípios. Deste total, 846 são cubanos.

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