O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, afirmou, em entrevista publicada hoje, no jornal O Estado de S. Paulo, que atividades de setores dos movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST) seria terrorismo:
“O que ocorre hoje é que grupos como o MST por vezes utilizam o seu poder criminoso para invadir terras, incendiar tratores para obrigar o fazendeiro a vender suas terras a um preço abaixo do mercado. Eles impõem o terror para ganhar um benefício por outro lado. É isso que a gente visa combater. Isso aí é terrorismo. É a intenção de levar o terror para amedrontar as pessoas. Se fosse necessário prender 100 mil pessoas, qual o problema nisso?”, declarou.
O parlamentar ainda defendeu o juiz Sérgio Moro, futuro Ministro da Justiça do governo Bolsonaro, das acusações de que teria se utilizado do cargo na magistratura para fins políticos, conforme acusa do PT:
“Ele condenou gente de todos os partidos. Nós não temos essa preocupação, pois eles sempre vão criticar. A crítica fundada ou infundada vai sempre ser constante. Moro virou símbolo de combate à corrupção”, disse.
O filho do presidente eleito ainda afirmou que não haveria espaço para diálogo com o PT, o PCdoB e o PSOL, dada a natureza e a forma da oposição que exercem.