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DEPUTADOS BAIANOS FAZEM ‘FAXINA’ NO GABINETE APÓS PERDER ELEIÇÃO

Redação - 08/11/2018 11:55

Depois de fracassarem na disputa eleitoral deste ano, os deputados federais baianos têm feito uma limpeza nos gabinetes em Brasília e exonerado os assessores. Do dia 8 de outubro (um dia após a votação do primeiro turno) até a última terça-feira (5), pelo menos, 24 auxiliares dos parlamentares foram demitidos, conforme levantamento feito pelo Jornal da Metrópole no Diário da União.

O deputado federal Roberto Britto (PP), que desistiu de tentar a reeleição e concorrer por uma vaga na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) neste ano, já exonerou sete pessoas de seu gabinete.  “São assessores que trabalharam para mim em algumas regiões do estado e não corresponderam. Como não tivemos resultados satisfatórios nestes locais, retiramos. Faremos outras [exonerações] nos próximos dias”, declarou.

Na Câmara dos Deputados desde 2007, Roberto Britto teve três mandatos consecutivos. Ao ser candidato à AL-BA neste ano, o progressista teve 38.939. Foi apenas o nono mais votado de sua sigla e coincidentemente ocupa a nona suplência de deputado estadual. “Eu vou retornar para medicina. Só não irei se meu partido me convocar para alguma missão”, afirmou.

Britto contou que foi procurado pelos deputados federais eleitos Zé Neto (PT) e Marcelo Nilo (PSB) que desejam ficar com o gabinete. No entanto, segundo o Ato da Mesa da Casa, a distribuição dos espaços ocorre por sorteio, mas alguns parlamentares têm preferência para escolher por ter dificuldades de locomoção ou necessidades especiais, por exemplo. Os deputados, que não se reelegeram, têm até o dia 30 de janeiro do próximo ano para entregar as chaves do gabinete.

Depois de cinco mandatos não consecutivos, Benito Gama (PTB) também não conseguiu a recondução. Ele perdeu quase 40 mil votos em 2018 na comparação com a eleição anterior. Após o fiasco, exonerou seis assessores do gabinete. “Estamos desativando o gabinete para entregar por etapas”, justificou. Ex-presidente do Conselho de Ética na Câmara, José Carlos Araújo (PR) não teve êxito na reeleição e já exonerou seis assessores. A assessoria negou que as demissões estão relacionadas a derrota do republicano e alegou que trata-se de “movimentação normal de funcionários”.

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