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BRASIL PIORA EM RANKING MUNDIAL DE PROFICIÊNCIA E CAI 12 POSIÇÕES

Redação - 31/10/2018 07:36

Um estudo divulgado pela empresa de educação internacional EF Education First mostrou que o Brasil, em um ranking mundial que mede a proficiência em inglês, caiu 12 posições ante ao último levantamento. Ano passado, o País estava na 41ª posição e passou para a 53ª. A lista é composta por 88 países. O Brasil conquistou 50,93 em pontuação. Com isso, é considerado um país com nível de inglês baixo. Países como Geórgia, Albânia, China e Líbano aparecem na lista à frente do Brasil.

No topo do ranking, classificados como países com proficiência muito alta, estão a Suécia, Holanda, Singapura e Noruega – todos conhecidos por seu desempenho positivo no sistema educacional. As 12 posições perdidas pelo país foram ocupadas por nações que, no estudo realizado em 2017, não haviam sido incluídas, como Uruguai, Ucrânia, Macau, Chile e Paquistão. Este ranking, criado em 2011, se baseia no teste padrão de inglês feito por 1,3 milhão de pessoas ao redor do mundo.

Os países são avaliados e classificados em cinco categorias: muito alta, alta, moderada, baixa e muito baixa. De acordo com a EF, desde 2011, quando o estudo foi criado, o Brasil não sai da posição “baixa” ou “muito baixa”. Apesar da pontuação, o País ficou na média dos vizinhos na América Latina. A Argentina, por exemplo, aparece no grupo de proficiência alta, enquanto Uruguai aparece no grupo da proficiência moderada e o Chile se encontra no mesmo grupo que o Brasil, porém à frente, devido a nota maior.

A Venezuela ocupa o pior lugar no ranking, com 46,61 em pontuação, na 75ª posição. Em nota oficial, a instituição afirmou que a América Latina aparece como a “única região do mundo que passou por um declínio na proficiência em inglês” e que “sistemas educacionais de baixo desempenho e altos níveis de desigualdade econômica dificultam os esforços para melhorar a proficiência no idioma nesses países”.

De acordo com o estudo, as pessoas que residem em países com proficiência consideradas baixas, são capazes de fazer turismo, conversar com colegas e entender e-mails simples e informais. Mas escrever e-mails mais profissionais sobre assuntos diversos ou participar de reuniões, é exigodo o nível de proficiência moderado.

O estudante de economia Lucas de Sousa, além das aulas de inglês recebidas na escola, teve de procurar por um projeto paralelo, pois, segundo ele, o incentivo para aprendizagem da língua nos colégios, é praticamente nulo. “É muito difícil você encontrar dicionários, livros em inglês ou em qualquer outra língua estrangeira nas prateleiras das bibliotecas das escolas, sendo que, muitas escolas nem possuem biblioteca”, comentou.

Segundo ele, um outro fator que dificulta e muito o aprendizado da língua em sala de aula é o conteúdo desatualizado. “No momento que as aulas de inglês aparecem no plano de ensino, o conteúdo é sempre o mesmo ‘verbo to be’ e, com o passar dos anos e séries cursadas, isso não evolui”. “Quando cheguei no ensino médio, o assunto abordado em aula era praticamente o mesmo visto na 6ª e 7ª”, lembrou.

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