O presidente eleito Jair Bolsonaro ficará em casa e aproveitará esta segunda-feira (29), após o segundo turno das eleições, para descansar. Candidato pelo PSL, o capitão reformado do Exército derrotou o petista Fernando Haddad neste domingo (28) com 55% dos votos e foi eleito o 38º presidente do Brasil. Jair Messias Bolsonaro interrompeu um ciclo de vitórias do PT que vinha desde 2002. O trunfo foi confirmado às 19h18, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%). Com 100% das seções apuradas, Bolsonaro recebeu 57.797.073 votos (55,13%) e Haddad, 47.039.291 (44,87%).
No discurso da vitória, Bolsonaro afirmou que o novo governo será um “defensor da Constituição, da democracia e da liberdade”. Aos 63 anos, capitão reformado do Exército, deputado federal desde 1991 e dono de uma extensa lista de declarações polêmicas, Jair Bolsonaro materializou em votos o apoio que cultivou e ampliou a partir das redes sociais e em viagens pelo Brasil para obter o mandato de presidente de 2019 a 2022.
Na campanha, por meio das redes sociais e do aplicativo de mensagens WhatsApp, apostou em um discurso conservador nos costumes, de aceno liberal na economia, de linha dura no combate à corrupção e à violência urbana e opositor do PT e da esquerda. Com isso, se tornou um fenômeno eleitoral ao vencer a corrida presidencial filiado a uma legenda sem alianças formais com grandes partidos, com pouco tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV e distante das ruas na maior parte da campanha, em razão do atentado no qual sofreu uma facada que lhe perfurou o abdômen. Após quatro vitórias consecutivas do PT em eleições presidenciais (2002, 2006, 2010 e 2014), o novo presidente eleito se apresenta como um político de direita.