O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) tem voltado atrás em propostas controversas para tentar ampliar o eleitorado na reta final da campanha. O caso mais recente foi o da fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente, que foi reavaliada depois que setores do agronegócio e ambientalistas fizeram alertas a respeito do impacto da mudança.
Outros recuos importantes foram em relação à redução da maioridade penal para 16 anos – agora, Bolsonaro defende redução progressiva e idade mínima fixa em 17 anos – e às propostas apresentadas por aliados como o assessor econômico da campanha, Paulo Guedes, e o vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB).
O candidato desautorizou Guedes e Mourão a falar sobre propostas de governo após a repercussão polêmica de declarações dadas por eles. Em setembro, o assessor econômico sugeriu a criação de um novo imposto inspirado na CPMF. Já o general chegou a dizer que direitos trabalhistas são “jabuticabas brasileiras” e defendeu uma nova Constituição feita por “notáveis”.