A equipe do candidato do PSL à presidência da república, Jair Bolsonaro, não informou, até o momento, os gastos da campanha do militar da reserva. As informações deveriam ser repassadas de forma discriminada, algo que compreenderia todos os gastos de campanha, incluindo os detalhes de viagens a pelo menos 16 cidades de 7 estados, onde ele, sua comitiva e aliados participaram de carreatas e comícios em caminhões de som.
A poucos dias do segundo turno, o candidato declarou pagamento a apenas seis pessoas: o coordenador financeiro, dois auxiliares, dois seguranças e a intérprete de libras. De acordo com dados das contas do presidenciável, enviados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), informações constantes da chamada “prestação de contas parcial”, até o momento, a campanha de Bolsonaro teve custos de R$ 955 mil, no primeiro turno, número que exclui doações a outros candidatos.
Por lei, toda a movimentação financeira dos candidatos feita até 8 de setembro —o grosso da campanha de Bolsonaro ocorreu antes disso, já que ele sofreu um ataque a faca no dia 6 de setembro— deve ser informada de forma discriminada à Justiça Eleitoral, para divulgação na internet.
Ainda assim, a campanha do militar da reserva é franciscana, na comparação com o verificado em relação ao seu opositor, Fernando Haddad (PT). O petista gastou em campanha, durante o primeiro turno, R$ 33,8 milhões, contra os R$ 995 mil declarados por Bolsonaro, até o momento.