Com fortes acelerações em relação a setembro, os gastos com Transportes (1,80%) e Alimentação e Bebidas (0,78%) foram os que mais puxaram a prévia da inflação de outubro para cima na RMS. Eles haviam sido justamente os grupos que mais tinham contribuído para deflação no IPCA-15 do mês anterior. Dentre as despesas com transporte, o destaque ficou para os combustíveis (6,15%), com aumentos importantes tanto na gasolina (5,91%), quanto no etanol (7,28%) e, com menor impacto, no diesel (6,11%). As passagens aéreas (10,54%) também continuaram como pressão inflacionária relevante no IPCA-15 de outubro em Salvador.
No grupo dos alimentos, ficou mais caro comer tanto em casa (0,85%) quanto fora (0,65%), com aumentos importantes em itens como tomate (23,83%), pão francês (2,05%) e carne-seca e de sol (2,22%). Por outro lado, alguns produtos alimentícios registraram queda no IPCA-15 de outubro, contribuindo para segurar um pouco a prévia da inflação do mês na RMS, a exemplo das farinhas, féculas e massas (-5,63%), sobretudo a farinha de mandioca (-9,62%), e os pescados (-3,24%), com destaque para a corvina (-7,07%). Vale destacar também a alta, no IPCA-15 de outubro, do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,92%), sob influência de produtos e serviços ligados a cuidados pessoais (2,52%), como perfume (2,72%), artigos de maquiagem (7,82%) e produto para unha (6,67%) – os quais sinalizam uma provável influência da alta do dólar.