“A demanda fraca e a fragilidade financeira das empresas dificultam a recuperação da indústria”, avaliou o economista da CNI, Marcelo Azevedo. Segundo ele, há uma expectativa de melhora na demanda e nas exportações, mas o “otimismo é contido”.
Os índices de expectativa dos empresários, de acordo com o levantamento, recuaram pelo segundo mês consecutivo em outubro e passam a registrar valores inferiores ao registrado em outubro de 2017. Apesar disso, os empresários seguem otimistas com relação à demanda, compras de matérias-primas e quantidade exportada – que mostraram indicadores com valores acima de 50 pontos.
“Os empresários, que esperavam manutenção do emprego em setembro, passam a projetar queda para os próximos seis meses. O índice de expectativa de número de empregados caiu de 50 pontos para 49,1 pontos”, acrescentou a entidade. A Sondagem Industrial, de acordo com a CNI, mostra ainda que o alto custo da matéria-prima e o câmbio ganharam importância entre os principais problemas enfrentados pelos empresários no terceiro trimestre do ano.
“O alto custo da matéria-prima é o terceiro principal problema do setor, atrás da elevada carga tributária (42,7% das respostas) e da demanda interna insuficiente (30,6% das assinalações)”, informou a entidade. Ao mesmo tempo, o número de citações para o elevado custo da matéria-prima subiu um ponto percentual em relação ao segundo trimestre. “Foi o quinto aumento consecutivo de assinalações neste item”, diz a CNI. Antes dessa sequência de altas, o custo da matéria-prima ocupara o sétimo lugar na listra de problemas.