O próximo governo vai encontrar um BNDES mais capitalizado, com capacidade de desembolsar até o dobro do volume de recursos liberados neste ano, que deve ficar na casa de R$ 70 bilhões. Se houver demanda, o valor, em 2019, pode ficar entre R$ 140 bilhões e R$ 150 bilhões, segundo o presidente do banco, Dyogo Oliveira.
“O banco poderia desembolsar no ano que vem R$ 140 bilhões, R$ 150 bilhões, sem dificuldade”, afirmou Oliveira ao Estado, ao deixar o evento de comemoração do aniversário de 54 anos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A estimativa de Oliveira considera a devolução de recursos da dívida do BNDES com o Tesouro Nacional. Em julho, o banco de fomento sacramentou com o governo um cronograma de devoluções, após uma reestruturação que antecipou o prazo final da dívida para 2040. Em 2019, o BNDES devolverá uma parcela de R$ 26 bilhões.
Segundo o Estadão, o valor anual a ser devolvido vai caindo ao longo dos anos, até chegar a R$ 14 bilhões em 2039. Em 2019, também é possível que o BNDES tenha que devolver recursos para cobrir o déficit do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte do banco.