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RUI COSTA DIZ QUE O BRASIL PRECISA ACHAR UM PONTO DE UNIÃO

Redação - 16/10/2018 10:00

O governador da Bahia, Rui Costa, reeleito com 75,5% dos votos válidos é hoje um dos fiadores de um discurso mais ao centro do candidato do PT à Presidência Fernando Haddad, incluindo defesas de leis mais duras na segurança pública e da importância da família. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o governador declarou que após uma eleição marcada pela polarização, o presidente eleito, independente de quem seja, terá que buscar o discurso da união nacional.

Questionado sobre a situação do país conflagrado em meio à disputa eleitoral Rui respondeu: “O problema do País conflagrado não é uma eleição apertada. O estopim disso foi o não respeito à decisão do eleitorado. Aqueles que perderam em 2014 cumpriram a promessa de inviabilizar institucionalmente o funcionamento do governo. Numa aliança parlamentar, não só inviabilizaram como depuseram a presidente eleita por 54 milhões de votos, que naquele momento estava com baixa aprovação popular. E de lá para cá o País ficou muito polarizado. Meu papel tem sido pregar que o Brasil precisa pacificar, encontrar um ponto de união do povo brasileiro, porque, caso contrário, quem vai sofrer muito são as pessoas mais pobres”.

Sobre a votação do PSL e a onda conservadora, o governador avaliou: “Eu acho que é um movimento pontual. É da natureza humana, quando está com raiva de alguma coisa, agir por impulso. Eu entendo que esse momento eleitoral do primeiro turno foi um impulso de manifestação de repúdio contra os líderes políticos que hegemonizaram a política nos últimos anos. Mas eu espero que a serenidade volte à maioria dos brasileiros e que a gente retome a construção de um País calcado na paz e na harmonia”.

Em relação a como o novo governo vai atuar em meio a essa perspectiva de continuidade de um cenário político conturbado, ele afirmou que sua expectativa é que, “com Haddad eleito, ele busque harmonizar o País, conversar com todos os governadores, independente da filiação partidária, tratar todo mundo igual. A eleição vira coisa do passado e a gente passa a construir o futuro do Brasil com todos os governadores. Se o outro candidato tratar de outra forma, o País vai aprofundar a crise”.

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