O presidente da República, Michel Temer (MDB), participou de missa em homenagem ao Dia de Nossa Senhora Aparecida. A celebração ocorreu em uma capela improvisada no Centro de Visitação Palmeiras, um dos acessos ao Cristo Redentor. O evento ocorreria aos pés da estátua, mas o mau tempo não permitiu. A cerimônia foi conduzida pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, e começou por volta de 18h30.
Ao fim da celebração, Temer foi chamado a falar. Ele usou a história da imagem de Nossa Senhora Aparecida, que foi quebrada em mais de 200 pedaços num atentado, para fazer um paralelo com a desarmonia política do país. Em 1978, a imagem que atualmente fica num santuário em São Paulo foi quebrada por um jovem que, segundo a narrativa da época, estava “possesso”.
“Isso serve como uma simbologia extraordinária para verificar que nada no Brasil nos fraturará. Ao contrário. Se houver uma tentativa de fratura, nós todos vamos colar de modo que, permanentemente, tenhamos a imagem do Brasil inteiramente costurada. Ou seja, brasileiros com brasileiros e não brasileiros contra brasileiros”, declarou. Ao fim do evento, ele falou por 2 minutos com a imprensa e disse que o país precisa de “paz e harmonia e o reencontro entre todos os brasileiros”.
“Temos que ter a compreensão que a eleição é um momento político-eleitoral. Logo depois da eleição tem o momento político-administrativo. No momento político eleitoral é natural haver divergência. O que não pode haver é violência. O que deve haver são debates”. Questionado se há preocupação com os casos de agressão por motivos eleitorais, ele disse que o Governo está reagindo.
“Claro que, toda vez que se fala de violência, temos que nos preocupar. Por isso temos que combater, aliás como já estamos fazendo”. O evento também celebrou o aniversário de 87 anos do Cristo Redentor. O presidente também usou de uma metáfora para falar sobre a situação do país. Temer disse que, com os braços abertos, Cristo está disposto a receber todos: de etnias, raças, credos e pensamentos diferentes.