A diretora de assistência social da instituição filantrópica Lar Vida, Sônia Argolo, fez um alerta sobre pessoas que usam o nome da organização para arrecadar dinheiro no transporte coletivo da capital baiana, em entrevista à Rádio Metrópole. “Tem transitado em ônibus, em vários lugares de Salvador, uma pessoa vendendo chaveirinhos, fotos das crianças do Lar Vida, ‘xuxinhas’, dizendo que são souvenires, que vão ajudar a instituição. O Lar Vida não trabalha com esse tipo de coisa, então eu faço um apelo, porque já chegaram várias denúncias”, afirmou.
A instituição abriga mais de 100 crianças, adolescentes e adultos entre 0 e 35 anos com deficiências auditivas, visuais, físicas e cognitivas. De acordo com Sônia, um dos maiores desafios é o acolhimento de maiores de 18 anos, já que o convênio da organização com os governos estadual, municipal e federal não abrange essa faixa etária. “Eles continuam com a gente até morrerem. Acolhemos essa criança que chegou pra nós, a gente não tem pra onde mandar, vamos botar onde, na rua? Acho que o governo tem que se mostrar sensível a essa causa, porque o que nós fazemos também é um papel do Estado, do município”, disse.
A diretora também fez um apelo aos médicos baianos para que se sensibilizem com a causa e possam ajudar de forma voluntária: “Nós precisamos muito de neurologista, ortopedista, dentista, pediatra, fisioterapeuta. Que passem uma tarde, que estejam lá a cada quinze dias, até”.