O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, não vai antecipar nomes de sua equipe econômica neste segundo turno. Existe a preocupação de que qualquer nome contrarie a base petista, como foi o caso de Joaquim Levy. Diante da cobrança de setores da economia o senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner, já integrado à coordenação da campanha, afirmou ontem durante uma entrevista coletiva que o PT não cederá à pressão do mercado.
“Não vamos interferir, se o mercado escolheu o Bolsonaro como candidato, nós queremos que o Haddad seja o candidato do povo brasileiro”, disse Wagner. Novamente questionado, Wagner respondeu:
“Tiradentes já morreu, Zumbi dos Palmares morreu, a escravidão acabou no país. O mercado vai dizer quem quer, mas vai ter que conviver com quem for eleito”, avisou. “Vamos provar que o candidato do povo é Haddad, e o mercado vai se curvar”.
Um coordenador da campanha presidencial disse que Haddad é mestre em economia pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Insper, e fará ele próprio uma interlocução direta com alguns nomes do mercado.