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LÍDICE DESCONVERSA SOBRE VOTO EM CORONEL E CRITICA IMBASSAHY

Redação - 09/10/2018 07:11

Deputada Federal eleita pela Bahia a senadora, Lídice da Mata (PSB) preferiu deixar vago a resposta se votou ou não em Angelo Coronel (PSD), eleito ao lado de Jaques Wagner para o senado federal. “O voto é secreto”, sintetizou. A senadora comentava, em entrevista à Rádio Metrópole, que a estratégia usada pelo PT baiano foi a de colar Coronel ao ex-governador Jaques Wagner (PT).

“Uma coisa que [une] se chama o santinho, que é instrumento de unificação de qualquer campanha e depois a TV, o pedido do governador, a campanha toda foi casada. Wagner disse isso [não vote só em mim, vote em coronel também]”.  Eleita deputada federal, mas atrás de Marcelo Nilo, que teve votação superior, Lídice disse não temer perder o comando do partido.

“Nilo tem uma votação muito organizada e muito previsível. As contas dele davam uma votação a partir de 107 mil votos. A minha eleição era uma incógnita, eu fiz uma campanha em 50 dias, muitos nem acreditavam que eu me elegesse, as primeiras listas divulgadas colocavam em dúvida a minha eleição. Eu me considero plenamente vitoriosa por ter tido mais de 100 mil votos em uma eleição como esta”, disse.

A senadora também lamentou o posicionamento do deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB) a favor da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República. Lídice afirmou que o parlamentar, que não conseguiu se reeleger para o cargo, não faz parte da tradição dos tucanos.

“Eu acho que, na verdade, Imbassahy não é um candidato que tem a raiz no PSDB. Tem que levar em conta a raiz social democrata, é uma raiz que vem contra a ditadura militar de FHC, de tantos outros líderes que compunham o PSDB no início, que vem de uma dissidência do PMDB, afirmando uma luta pela ética. Esse PSDB perdido no passado ainda existe em algumas militâncias, lideranças e é esse PSDB que Haddad precisa chamar. Um PSDB que ainda tem responsabilidade com a democracia”, declarou.

Para Lídice, a postura de Imbassahy vai de encontro ao que pregavam políticos importantes da Bahia, como ACM, que foi correligionário do deputado tucano. “Não tenho nada pessoal contra ele, porém do ponto de vista político, ele não tem a ver com a história de FHC, ele tem a ver com a história de ACM, de quem ele foi um seguidor. Eu não sei nem se o próprio ACM teria essa postura, porque ACM apoiou veladamente Lula no segundo turno da eleição de 89 e apoiou Ciro na eleição de 98”, declarou.

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