O senador eleito pela Bahia, Jaques Wagner, cobra que Fernando Haddad assuma mais a própria personalidade no segundo turno da eleição e se desprenda da estratégia que o levou à segunda etapa da eleição, quando disputou buscando transferir os votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informou o Estadão.
“O Haddad chega ao segundo turno como a substituição do Lula, agora o Haddad do segundo turno é o Haddad”, disse Wagner após uma reunião em São Paulo que o confirmou na coordenação da campanha do ex-prefeito da capital paulista ao Planalto. Ele destacou que é impossível “descolar” do ex-presidente, mas que “ninguém vive só do que foi”. “Agora é hora de o Haddad dizer ‘o meu programa de governo’.”
Defensor de uma aliança com Ciro Gomes (PDT) já no primeiro turno, Jaques Wagner conversou nesta segunda-feira, 8, com o senador eleito pelo ceará Cid Gomes, irmão de Ciro e um dos coordenadores da campanha do pedetista no primeiro turno. O PT quer atrair Ciro para apoiar Haddad no segundo turno. “O próprio jeito dele, às vezes contundente, é importante porque quando você está em um momento excepcional como esse tem que ter também uma forma diferenciada de entrar”, disse o senador eleito baiano.