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MERCADO PREVÊ MAIS INFLAÇÃO PARA 2018 E REDUZ ESTIMATIVA DO PIB

Redação - 08/10/2018 09:13

Os analistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de inflação para este ano e também passaram a prever um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB). As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central. O relatório é resultado de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o mercado financeiro elevou a estimativa de 4,30% para 4,40% para este ano. Foi a quarta alta seguida do indicador. O aumento aconteceu após a divulgação do IPCA de setembro, que somou 0,48% e foi o maior para esse mês desde 2015. A alta da inflação no mês passado foi puxada pelos preços de transportes e combustíveis.

Mesmo assim, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2019, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua expectativa de inflação em 4,20%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerência do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.

Para o crescimento do PIB deste ano, a previsão do mercado financeiro recuou de 1,35% para 1,34% na semana passada. Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia continuou em 2,50%. Os economistas dos bancos também não alteraram a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos. No fim do mês passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 0,2% no 2º trimestre de 2018, na comparação com os três meses anteriores. O resultado foi sustentado pelo setor de serviços e pressionado por forte queda da indústria e dos investimentos, reforçando a leitura de perda de ritmo e recuperação ainda mais lenta da economia brasileira.

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