Durante a temporada de pré-eleição, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contabilizou que 41% dos candidatos neste ano que já tinham disputado algum pleito trocaram de legenda para concorrer novamente. O percentual é o maior das três últimas eleições gerais: foi de 29% em 2014 e de 26% na de 2010. O levantamento feito pela Folha considerou os candidatos a todos os cargos e usou como referência as duas eleições imediatamente anteriores (municipal e geral).
O PSL (Partido Social Liberal), do presidenciável Jair Bolsonaro, foi a sigla que mais teve baixas antes desta eleição, na comparação com a lista de candidatos das duas anteriores. Apenas 33% dos que concorreram em 2014 ou 2016 se mantiveram no PSL. Os outros 67% trocaram de partido para disputar neste ano. PMB (Partido da Mulher Brasileira) e Podemos —que até 2016 era PTN (Partido Trabalhista Nacional)— também seguraram poucos candidatos (39% e 43%, respectivamente).
O PSOL, do candidato ao Planalto Guilherme Boulos, tem os filiados mais fiéis: 89% dos candidatos da legenda neste ano são postulantes que se mantiveram na sigla. As taxas de fidelidade são altas também no PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), com índice de 87%, e PCO (Partido da Causa Operária), com 86%.
Já o ranking de legendas que mais perderam é encabeçado pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro) do presidente Michel Temer. Do total de candidatos disputando a eleição hoje, 6% saíram da sigla em direção a outras.