Candidato ao Senado pelo PSDB, Jutahy Júnior disse ter ficado “surpreso” com a mudança de voto do candidato ao governo, Zé Ronaldo (DEM), de Geraldo Alckmin (PSDB) para Jair Bolsonaro (PSL). Apesar disso, o tucano garantiu que irá votar no correligionário para a Presidência e no democrata para o governo. “Eu fui surpreendido [com a declaração de Ronaldo]. Todos nós fomos. Eu vou votar em Geraldo Alckmin. É o candidato do meu partido, fui para a convenção, defendi ele. Vou votar no José Ronaldo para governo, vou cumprir a palavra. Agradeci a ele os elogios que fez a mim. É minha vida mesmo. Agora, eu vou votar no primeiro turno em Alckmin”, disse, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole.
Com risco de não se eleger para o Senado, o deputado disse que topou ir para a eleição majoritária por entender que fechou o seu ciclo na Câmara Federal. “Tudo na vida é um ciclo. Indo para a campanha eu acho que me elegeria deputado federal. Eu sabia que minha possibilidade era grande. Mas acho que é o momento de abrir espaço para as pessoas. Eu não tenho arrependimento porque essa campanha só me deu alegria afetiva. Encontrei todo mundo, vi o que eu fiz, apreço, respeitabilidade. Coisas boas”, disse. Quarto colocado, segundo as pesquisas de intenção de votos, o deputado federal e candidato ao Senado Jutahy Magalhães Júnior (PSDB) disse já ter aferido “vitória política” na eleição deste ano. Em entrevista à Rádio Metrópole, ele lembrou de feitos da própria trajetória.
“Coloco a campanha baseada em duas vertentes: a vitória política e a vitória eleitoral. A política eu já conquistei, e em um ambiente horroroso da política nacional. Muitos foram presos: presidente da República, da Câmara, ministros, senadores, deputados. Nesse mar de lama, vergonha nacional, de tanta gente envolvida nos piores atos, em um ambiente de população indignada, demonstrei que tenho o reconhecimento até dos adversários, que não sou só ficha limpa. Tenho vida limpa, correta, descente. Fiz uma vida útil para o Brasil, para a Bahia”, afirmou, em entrevista.
Apesar disso, ele diz que vai brigar também pela “vitória eleitoral”. “Vou lutar até o dia 7 para ter o primeiro voto e peço que avalie os outros candidatos, se você já escolheu outro candidato, respeito. Mas avalie entre os demais se eu não mereço seu voto”, clamou. De acordo com o tucano, uma das coisas que ele mais se orgulha de ter feito é a lei que barrou a publicidade do cigarro. “Proibi a propaganda de cigarro. Serra era ministro da Saúde, me chamou e disse que precisava de alguém com coragem, vida limpa e capacidade de discussão”, rememorou.