Da ansiedade à frustração, Paolo Guerrero viu as esperanças de ser liberado de imediato para atuar ruírem na última segunda-feira, com a rejeição de seu pedido de efeito suspensivo pela Justiça Federal da Suíça. Mas o peruano ainda tem uma última cartada para provar sua inocência e tentar reverter a suspensão por doping, com mais sete meses a cumprir até abril de 2019. O centroavante ainda aguarda a definição de uma data para o julgamento de seu recurso em última instância, em solo suíço.
Conforme apurou o GloboEsporte.com, a defesa do jogador tem até o próximo dia 16 para apresentar todas as provas e sustentações para tentar anular a suspensão imposta pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). Só então será marcada a sessão para enfim apreciar o mérito da contaminação por doping. Os advogados contratados pelo jogador entraram com pedido de recurso recentemente.
A defesa do Guerrero e o próprio peruano se mobilizam para tentar responsabilizar o Swissotel, de Buenos Aires, onde a seleção peruana ficou hospedada em outubro do ano passado para um jogo contra a Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A alegação é de que o metabólito de cocaína presente no organismo de Guerrero teve origem em um chá servido no hotel. Os advogados também questionam as informações passadas pelo hotel à Agência Mundial Antidoping (Wada), de que bebidas alcoólicas seriam fornecidas aos atletas no hotel da concentração peruana. A equipe jurídica do centroavante chegou a promover uma inspeção no hotel para colher provas e ajudar na defesa.