O Tesouro Nacional ainda tem que arcar com uma conta de R$ 90 bilhões em subsídios de operações de crédito com o BNDES pelos próximos anos até a duração final desses empréstimos. De 2008 até agosto de 2018, o governo já gastou R$ 190 bilhões de subsídios – R$ 19 bilhões por ano, de acordo com dados do Tesouro divulgados pelo Ministério da Fazenda.
O custo total da política de empréstimos ao BNDES para acelerar o crescimento econômico durante o governo dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff atingiu R$ 280 bilhões, a preços desta terça-feira, 02. O gasto com subsídio é maior do que o orçamento de investimentos do Ministério dos Transportes, que somou R$ 145,6 bilhões entre janeiro de 2008 a dezembro de 2017. Ou seja, o governo poderia ter dobrado o investimento no Ministério dos Transportes e, mesmo assim, ainda sobrariam R$ 45 bilhões.
Os dados do Tesouro mostram que os pagamentos antecipados do BNDES ao Tesouro Nacional reduziram o custo dos subsídios desses empréstimos em R$ 20 bilhões. Como houve recentemente uma renegociação para que o BNDES pague integralmente a sua dívida com o Tesouro até 2040 e não mais em 2060, esse custo dos subsídios deve ter uma nova redução. Mas a queda será pequena, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast.