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ILHÉUS: POVOS INDÍGENAS DO SUL DA BAHIA COBRAM A DEMARCAÇÃO DE TERRAS

Redação - 02/10/2018 13:00

As cenas de harmonia vistas durante a 18ª Caminhada em Memória dos Mártires do Massacre, na manhã de domingo (30), reacenderam a lembrança dos antepassados que sucumbiram no ano de 1559, durante a Batalha dos Nadadores do Rio Cururupe. Movidos por cânticos e cantos indígenas, marcharam contra o “marco temporal”, pela demarcação de terras e pela defesa da descriminalização dos povos indígenas. O encontro foi promovido pelos Tupinambás de Olivença, mas somaram-se a eles as comunidades Pataxó e Pataxó Hã-Hã Hãe.

Ao todo, cerca de 1.500 indígenas formaram um cortejo multicolorido que percorreu sete quilômetros, entre a Pracinha de Olivença e a Praia do Cururupe, à margem da rodovia BA-001. “Irmãos e parentes, todos juntos e misturados”, comentavam entre eles. Quem acompanhava a manifestação, tinha a sensação de que, por mais altos que fossem os gritos não pareciam ser ouvidos, a não ser por aqueles que gritavam. “Uma luta que não cessa”, outros afirmavam. Sob o sol, era possível ver mães de pele queimada que amamentam seus bebês de peito aberto enquanto desfilavam.

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