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HADDAD E MEIRELLES EVITAM ATACAR ADVERSÁRIOS

Redação - 02/10/2018 08:46

Em situações distintas na disputa eleitoral, os candidatos do PT, Fernando Haddad, e do MDB, Henrique Meirelles, adotaram estratégias semelhantes nesta reta final. Ambos devem evitar ataques aos adversários para preservar pontes com vistas ao segundo turno. No caso de Haddad, segundo colocado nas pesquisas, a lógica é mais evidente. O ex-prefeito tem evitado responder aos ataques de Ciro Gomes (PDT) e outros adversários porque espera receber o apoio deles num eventual segundo turno.

A ideia é manter canais abertos com todos os candidatos de centro-esquerda para uma possível aliança de segundo turno. Segundo estrategistas da campanha, a linha propositiva, sem ataques aos adversários, inclusive a Jair Bolsonaro (PSL), deve ser mantida até o fim da primeira etapa. A prioridade do PT ainda é transferir votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (condenado e preso na Lava Jato) para Haddad. O partido avalia que o potencial de transferência ainda é alto, principalmente entre eleitores que ganham até dois salários mínimos na periferia das grandes cidades do Sudeste.

Coordenadores da campanha avaliam que estes eleitores tradicionalmente se definem nos últimos dias e, se a estratégia for bem sucedida, Haddad poderia chegar à frente de Bolsonaro no primeiro turno. Por isso, o PT deve seguir na linha propositiva, principalmente em temas com os quais o PT tem identificação, como educação, geração de empregos e oportunidades. Só num eventual segundo turno, Haddad deve adotar uma postura mais agressiva contra Bolsonaro, quando haverá a necessidade de deixar mais claro para o eleitor as diferenças em relação a Bolsonaro. (Estadão)

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