O presidente da Indonésia, Joko Widodo, começou nesta segunda-feira (1º) a coordenar uma possível ajuda internacional para os sobreviventes do terremoto e do tsunami que sacudiram a ilha de Sulawesi e devastaram as cidades de Palu e Donggala. O país enfrenta – e não pune – saques aos mercados e também enterra seus mortos em valas comuns.
“O presidente Jokowi nos autorizou a aceitar ajuda internacional para a urgente resposta e assistência após o desastre. Estou coordenando a ajuda do setor privado”, disse o chefe do conselho para os investimentos do governo, Tom Lembong, nas redes sociais. Lembong acrescentou que as Forças Armadas, o Ministério de Exteriores e outras instituições ajudam a coordenar o setor público.
Neste momento alimentos são prioridades para os sobreviventes da catástrofe, que deixou 844 mortos, segundo o último balanço oficial. O desastre também deixou 540 feridos e 16.732 deslocados. O número de vítimas, no entanto, ainda não é definitivo e pode aumentar. As autoridades continuam os trabalhos de busca e resgate de sobreviventes e vítimas, enquanto técnicos trabalham para restabelecer os serviços básicos. A Indonésia começou nesta segunda a enterrar em valas comuns os mortos. O porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho, disse que a fossa será aberta nos arredores de Palu.
Sutopo acrescentou que a decisão de abrir a vala comum foi tomada para prevenir a propagação de epidemias e que nela serão enterradas as vítimas que tenham sido identificadas. O aeroporto de Palu está em funcionamento para voos comerciais, embora as autoridades tenham avisado que será dada prioridade à ajuda humanitária. O Ministério de Saúde do país se encarrega de abastecer de pessoal e material médico uma região onde faltam especialistas em ortopedia, cirurgiões gerais, neurocirurgiões, anestesistas e enfermeiras.