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MAIS DE 50% DA POPULAÇÃO AINDA NÃO ASSEGURA COM CERTEZA SEU VOTO NO DIA 7 DE OUTUBRO

Redação - 27/09/2018 14:50

 A dez dias do primeiro turno da eleição, mais da metade dos eleitores (53%) admite que ainda pode mudar seu voto à Presidência no primeiro turno: cerca de 78 milhões de pessoas. Segundo a pesquisa Ibope/CNI divulgada nesta quarta-feira, a certeza do voto aumenta conforme sobem a renda e a idade. No Nordeste, são 53% os eleitores sem voto definitivo. A maior parte desses não-convictos destaca que, até agora, seu candidato é “escolha do momento” (19%). Proporcionalmente, a região de pesquisa do Ibope/CNI que abriga mais eleitores suscetíveis a mudança é a Norte/Centro-Oeste. Lá, 56% ainda podem mudar a escolha – neste estrato, 38% citaram ter “escolha do momento” e “preferência inicial”.

A possibilidade de mudança de voto é maior entre as mulheres e os mais jovens. São também os votantes de escolaridade da 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental e do Ensino Médio os mais propensos a alterar a decisão. As escolhas menos convictas estão na região Norte/Centro-Oeste, na faixa dos eleitores que ganham mais de um até dois salários-mínimos e na periferia. No Sudeste, permanecem em disputa 52% dos votos – mais de 33 milhões de pessoas a convencer.

Os atuais apoiadores de Marina Silva (Rede) e de Geraldo Alckmin (PSDB) são os mais propensos a mudar de ideia. Segundo a pesquisa, do total de eleitores, 18% têm decisão firme de candidato, mas podem reavaliá-la conforme o decorrer da campanha. Outros 18% consideram que a opção declarada é apenas “escolha do momento” e 17% dizem ser mera “preferência inicial”. Os presidenciáveis que sonham em reverter o cenário de segundo turno — previsto, no momento, entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) — têm o desafio de converter os não-convictos dos rivais e fidelizar os seus próprios.

O Ibope/CNI estima que 55% do eleitorado feminino não tem candidato absolutamente definido. Uma em cada cinco delas revela ter apenas “escolha do momento” (20%) e 18% possuem mera “preferência inicial”. Entre os homens, o percentual de não-convictos é de 49% – 19% têm decisão firme, mas sujeita a mudanças. O número de eleitores sem escolha convicta pode ser ainda maior se considerados os entrevistados que não sabem ou não responderam sobre a certeza de sua tendência de voto (5%).

De acordo com o levantamento, 65% dos eleitores de 16 a 24 anos admitem que pode mudar de voto. Neste segmento, 23% partem de uma decisão firme e 42% guardam ainda uma “escolha de momento” ou “preferência inicial”. O percentual de convicção aumenta conforme a faixa etária sobe. Metade dos votantes de 35 a 44 anos não escolheram candidato de vez. Já os de 55 anos ou mais são os mais decididos: apenas 42% dizem estar suscetíveis a mudanças de opinião na campanha.

Quanto à escolaridade, a volatilidade do voto é maior nos eleitores letrados de 5ª a 8ª série e no Ensino Médio – nos dois segmentos, 54% revelam possível mudança de apoio eleitoral. Nos votantes que estudaram até a 4ª série, os mais convictos, 48% admitem que ainda podem alterar seu candidato. Pouco mais da metade dos com Ensino Superior diz o mesmo (51%).

A convicção também sobe conforme a renda aumenta, revela o levantamento. Metade dos eleitores que ganham mais de cinco salários-mínimos diz que pode mudar de ideia, assim como 53% dos que recebem de dois a cinco salários. Um a cada cinco dos votantes que vivem com até um salário-mínimo tem apenas “escolha do momento” – ao total, são 54% não-convictos neste estrato. Os eleitores com opção de momento e “preferência inicial” representam 38% dos brasileiros que ganham de um a dois salários. Nesta faixa, proporcionalmente a de voto mais volátil, 55% admitem que podem mudar de candidato.

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